O Surto de Conjuntivite
A conjuntivite é uma inflamação da conjuntiva, membrana fina e transparente que reveste o branco dos olhos e o lado de dentro das pálpebras, que pode ocorrer em qualquer estação do ano, mas são mais comuns nos meses da primavera e verão, porque o calor, a umidade e também o tempo muito seco favorecem a disseminação dos agentes infecciosos.
Entre as possíveis causas da doença estão as alergias e as infecções por vírus ou bactérias. Nestes últimos dois casos, é uma doença de fácil contágio, que pode estender-se por uma semana, 15 dias, e começar por um dos olhos para depois afetar o outro.
A transmissão se dá por meio do contato direto com o doente ou, indiretamente, pelo contato com objetos contaminados pelo agente infeccioso. O caminho é bastante simples. A secreção decorrente do processo inflamatório nos olhos serve de veículo para transmissão do micróbio. A pessoa com conjuntivite coça os olhos e depois cumprimenta alguém com um aperto de mãos, ou mexe na maçaneta das portas, nos botões do elevador, no controle-remoto, no teclado do computador, no corrimão das escadas, nos apoios dos ônibus ou do metrô, e deixa ali o micro-organismo que, dependendo do tipo, pode sobreviver por horas fora do corpo. Então, é só alguém tocar nessas superfícies e colocar a mão nos olhos para que a doença se espalhe.
Como se vê, o risco de pegar conjuntivite está longe de ser pequeno e as mãos são as grandes responsáveis pela transmissão da doença. Para evitar o contágio, o mais importante é lavar as mãos com água e sabão – qualquer sabão -, recomendação que nem sempre é levada a sério, infelizmente.
No caso específico da conjuntivite, outros cuidados básicos de higiene se fazem necessários para impedir a transmissão e evitar os surtos da doença, já que ter sido infectado uma vez de forma alguma garante a imunidade definitiva. Resultado: qualquer um de nós pode pegar conjuntivite mais de uma vez na vida.Olhos vermelhos, irritados, que coçam, ardem e lacrimejam – parece até que estão cheios de areia – são sintomas típicos da conjuntivite. Quando aparecem, é preciso consultar um oftalmologista para orientar o tratamento, que varia conforme a causa da doença. A conjuntivite bacteriana, por exemplo, exige a indicação de colírios com antibióticos em sua fórmula. Já para o tratamento da conjuntivite viral, não existem medicamentos específicos. Para atenuar os sintomas, é importante limpar os olhos com frequência e fazer compressas com água gelada, previamente filtrada e fervida, ou com soro fisiológico, que é vendido nas farmácias ou distribuído gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde. Colírios lubrificantes, também chamados de lágrimas artificiais, podem promover algum alívio.
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