Herança do sexo 1 e 2
herança 1- HERANÇA LIGADA AO X, HERANÇA LIMITADA PELO SEXO E HERANÇA INFLUENCIADA PELO SEXO. Os cromossomos sexuais não são completamente homólogos, e portanto devese esperar que os padrões de herança relacionados ao sexo do indivíduo sejam diferentes daqueles dos autossomos. Por exemplo, os genes presentes apenas no cromossomo sexual X serão representados duas vezes nas fêmeas e uma vez nos machos. Logo, espera-se que os recessivos desse tipo apareçam com mais freqüência no fenótipo de machos. Os genes localizados exclusivamente no cromossomo X são denominados genes ligados ao sexo ou genes ligados ao X. Já os genes que ocorrem apenas no cromossomo Y só produzem efeitos nos machos, sendo estes os genes holândricos. Conhecem-se ainda outros mecanismos pelos quais um dado caráter é limitado a um dos sexos (genes limitados ao sexo), ou mesmo em que a dominância de um alelo dependa do sexo do portador (genes influenciados pelo sexo). I) Herança ligada ao X: Quando o gene alterado está no cromossomo X. Este tipo de herança pode ser recessiva, ou seja, as manifestações vão estar presentes nos machos porque eles têm apenas um cromossomo X, ou seja, não têm nenhum gene normal para aquela característica e nas fêmeas quando existe alguma manifestação clínica em geral é mais leve. É exemplo desse tipo de herança a hemofilia. O risco de um filho ser afetado quando sua mãe carrega um gene alterado em um de seus cromossomos X é de 50% e das filhas é também 50% de serem portadoras do gene com defeito e consequentemente passar a seus filhos e filhas. É importante lembrar que nas aves o sexo homogamético é o masculino (ZZ) e o heterogamético, o feminino (ZW). Pode-se citar como exemplo de herança ligada ao sexo, a presença de barra larga na pelagem dos machos (BB). As fêmeas só podem apresentar barra estreita (B_) ou serem desprovidas de barra (b_), enquanto os machos podem ter barra larga (BB), barra estreita (Bb) ou ausência de barra (bb). Isso ocorre, porque o gene responsável pela barra localiza-se exclusivamente no cromossomo Z. Em humanos, conhecem-se mais de 150 caracteres confirmados ou altamente prováveis de ser ligados ao X. Dentre eles pode-se citar duas formas de diabete insípido, uma forma de displasia ectodérmica anidrótica (ausência de glândulas sudoríparas e de dentes), ausência de incisivos centrais, certas formas de surdez,
Herança 2- Nistagmo, cegueira noturna, atrofia óptica, glaucoma juvenil e distrofia muscular juvenil. Daltonismo: Um famoso exemplo é o daltonismo tipo verdevermelho (Daltonismo deutan), no qual faltam os cones células sensíveis à luz- sensíveis ao verde. As mulheres podem ser homozigotas normais, heterozigotas ou homozigotas raramente para o alelo defeituoso, pois possuem dois cromossomos X e, portanto, uma probabilidade maior de receber o alelo normal de ao menos um dos pais. As mulheres heterozigotas variam no grau em que a visão de cores é afetada, pois depende da proporção de suas células retinais que expressam o alelo normal. Já os homens recebem um alelo dominante (normal) ou um alelo recessivo (visão defeituosa para as cores vermelha e verde). Conhecem-se também outras formas de daltonismo, alguns ligados ao X e outros autossômicos. Existem testes para detectar daltonismo baseados em quadros formados por pontilhados. Neste teste, uma pessoa normal lê 74 e uma daltônica, 21. Hemofilia: Outro exemplo de condição recessiva ligada ao sexo é a hemofilia. Este distúrbio caracteriza-se pela coagulação do sangue deficiente devido à falta de determinadas proteínas que participam do processo de coagulação sangüínea. Como essas proteínas ou fatores de coagulação atuam em cadeia, a ausência de uma delas torna a coagulação muito lenta e o indivíduo tem tendência a hemorragias. Existem dois tipos de hemofilia ligada ao sexo: - Hemofilia A: caracterizada pela falta de globulina anti-hemofílica (Fator VIII), ocorrendo em 4/5 dos casos de hemofilia. Ela é conhecida nas famílias reais da Europa, em que pode ser acompanhada até a rainha Vitória, que deve ter sido heterozigota. A hemofilia em seus ancestrais não é relatada, supondo-se que o alelo para hemofilia surgiu de um gameta mutante. - Hemofilia B (ou Doença de Christmas): defeito no componente tromboplastínico do plasma (PTC ou Fator IX),
sendo mais drástica do que a hemofilia A. Ela também ocorre em cães.
Nenhum comentário:
Postar um comentário